O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ofereceu denúncia contra dois homens acusados de matar a facadas o estudante universitário Gean Carlos Lopes Júnior, de 20 anos, durante um assalto em um ônibus BRT no Recife. O crime aconteceu na noite de 1º maio.
Presos preventivamente, Ivan dos Santos Silva, de 27 anos, e Nilson Davi da Silva, de 24, vão responder por latrocínio, o roubo seguido de morte, crime considerado hediondo. O terceiro homem envolvido no assalto ainda não foi identificado.
A denúncia, obtida pelo Diario de Pernambuco, foi oferecida no dia 17 de outubro. No documento, a promotora Henriqueta de Belli Leite de Albuquerque, do MPPE, afirma que o crime foi flagrado pela câmera de segurança do coletivo e que os autores acabaram reconhecidos por vítimas que estavam no veículo.
Segundo a promotoria, Ivan, Nilson e o comparsa estavam armados com faca e entraram no ônibus em uma das paradas da Avenida Conde da Boa Vista, no Centro. O assalto foi anunciado na altura da Avenida Guararapes.
Inicialmente, os criminosos renderam uma mulher e exigiram que ela entregasse o celular. Depois, Gean Carlos foi abordado, se recusou a passar o celular e ficou gesticulando, como se pedisse "calma" aos ladrões.
"Quando o coletivo chegou à parada seguinte, ao ver que o motorista abriu as portas, o denunciado Ivan esfaqueou Gean e levou o aparelho celular dele, evadindo-se do local, acompanhado de Nilson e do comparsa não identificado", relata o MPPE.
Na delegacia, Nilson admitiu que planejou o assalto com o Ivan, confessou o roubo, mas alegou não ter visto o momento em que o universitário foi esfaqueado.
Em depoimento, também disse que conhecia Ivan há cerca de três e que os dois já haviam sido acusados de outros crimes patrimoniais na região da Várzea, na Zona Oeste do Recife.
Por sua vez, Ivan disse que atacou o universitário por causa da "recusa dele de entregar o aparelho celular".
Gean Carlos cursava o 4º período de Ciências do Consumo na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). A morte do estudante causou comoção e motivou protestos na cidade.
Fonte: Diário de Pernambuco