As terras, passadas de geração em geração, são fonte de subsistência e de renda para a comunidade local.
Em entrevista ao JC, uma agricultora que preferiu não se identificar relatou que desde 2015 os moradores sofrem ameaças de expulsão, além de violências de diversos tipos: cercamento das águas, envenenamento das cacimbas com o uso de drones e perseguições aos camponeses.
Estamos sendo perseguidos e vigiados, diz a agricultora.
A moradora também afirmou que o grupo não conseguiu registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia do município de Jaqueira, por alegações de que não há equipe ou papel na unidade.
Em nota, a Polícia Civil informou que "está investigando a ocorrência de homicídio tentado, no município de Jaqueira. Um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias dos fatos."
Em contato com o Programa Estadual de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos de Pernambuco, a reportagem apurou que as ameaças têm se consolidado com derrubadas de cercas que delimitam os espaços das lavouras e protegem a plantação, envenenamento das plantações, dos animais e de pessoas e ameaças de morte contra lideranças que residem nos engenhos.
Em nota, a Agropecuária Mata Sul informou que, desde 2018, administra 2.400 hectares do Engenho Barro Branco e que investiu na produção pecuária, geração de energia e reflorestamento com 1,5 milhão de árvores plantadas. Segundo a empresa, ela é a segunda maior empregadora da região e tem buscado, sem sucesso, uma conciliação com os antigos ocupantes da terra, chegando a oferecer 300 hectares para apaziguar as tensões.
A PMPE também se pronunciou sobre o caso, afirmando que buscou solução pacífica através da negociação entre as partes em conflito.
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Fonte: jc_pe